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13 de Maio de 2024

Traficante Playboy morre. O que a sociedade ganha?

há 9 anos

Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, um dos traficantes de drogas mais perigosos do RJ. A recompensa pelo Disque-Denúncia era alta: R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Numa operação conjunta, os policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal e da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar demonstraram que a cooperação técnica é necessária diante do poder, crescente, do narcotráfico.

Playboy, um homem que representa a realidade brasileira: o poder fascina. Nascido na zona sul do Rio de Janeiro, e bom aluno, por tirar boas notas, não teria a probabilidade de ingressar na criminalidade. O poder, entre outros motivos, o fez ingressar no mundo do tráfico de drogas. Dinheiro "fácil", respeito, coragem, audácia, narcisismo e exibicionismo. Alguns traços de quem entra para a criminalidade, quando há meios materiais para não ingressar na criminalidade.

O tráfico de drogas no Brasil teve a sua gênese nos porões do período do Golpe Militar [1964 a 1985] quando os presos políticos compartilhavam a mesma cela com os presos comuns [não considerados comunistas pelos militares].

As táticas de guerrilha urbana foram ensinadas aos presos comuns, assim como lições sobre direitos sociais e obrigação do Estado em prover as necessidades dos mais carentes. No caso, os párias [negros].

[...] Quando os presos políticos se beneficiaram da anistia que marcou o fim do Estado Novo, deixaram na cadeia presos comuns politizados, questionadores das causas da delinqüência e conhecedores dos ideais do socialismo. Essas pessoas, por sua vez, de alguma forma permaneceram estudando e passando suas informações adiantes [...] Repercutiam fortemente na prisão os movimentos de massa contra ditadura, e chegavam notícias da preparação da luta armada. Agora Che Guevara e Régis Debray eram lidos. Não tardaria contato com grupos guerrilheiros em vias de criação. (WILLIAN, 1991 apud AMORIM, 2004, p. 95)

Comando Vermelho, o embrião produzido nos porões da ditadura militar. O assistencialismo aos moradores das favelas servia, ao mesmo tempo, como ajuda - remédios, alimentos etc. - aos excluídos sociopoliticamente e tática para fortalecer o próprio Comando. Dinheiro para o assistencialismo? A venda de drogas. Contudo, o poder, como é normal a todo ser humano, não tardou a cativar os "donos dos morros". Se no início o assistencialismo era a prioridade dos traficantes, o lucro, e as possibilidades advindas do narcotráfico, não tardou de ser a prioridade. De mocinhos, em muitos morros e favelas, os traficantes passaram a ser "criminosos" para os moradores.

O silêncio é a certeza de viver, e não morrer. O "x-9" - delator - era amaldiçoado e morto pelos narcotraficantes. O poder dos traficantes não se deve, somente, aos moradores das favelas, mas dos clientes: os consumidores. A maioria era de classe média, sendo a minoria de classe alta. O lucro maior era proporcionado pela classe alta, já que cocaína era caríssima para a maioria da população - classe média e os párias. Não obstante, o que mais contribuiu para o crescimento tático, bélico e administrativo dos traficantes não foram os moradores das favelas, os consumidores das classes média e alta. Os agentes públicos.

Não seria possível ao tráfico de drogas conseguir infraestrutura eficaz, que vem se aperfeiçoando ao longo das décadas, com a intervenção eficiente do Estado. E o Estado necessita de agentes públicos. O conluio entre traficantes e agentes públicos foi o ápice da estruturação e expansão do tráfico de drogas. Desde servidor militar, ao agente político, o tráfico consegui crescer, se aperfeiçoar, administrativamente, graças a colaboração velada daqueles. Se assim não fosse, a "colaboração", o Estado não teria dificuldades, que atualmente encontrar, em tolher o poder [paralelo] dos traficantes.

Os próprios policiais, ímprobos ou probos, sentem medo de serem assassinados pelas costas. Em 2006, São Paulo [1] vivenciou o poder dos traficantes. O estado de São Paulo presenciou horas de terror. Governo e policiais se viram encurralados pela onda de ataques, numa verdadeira guerra moderna da Arte da Guerra. Somente através de acordo, acordo este em que o traficante conseguiu o que queria, é que São Paulo respirou, ainda asmático, tranquilo.

Pária ou não, o tráfico, principalmente de drogas, tem cativado muitos cidadãos. O lucro rápido, apesar dos perigos, não impede os cidadãos. Homens, mulheres, idosos, crianças e adolescentes, não há idade certa para ingressar no tráfico. O Estado brasileiro, neste século, tenta compensar as décadas, de negligência à segurança pública, ao protecionismo [imoral e ilegal] entre autoridades policiais e administrativas, ao descaso das condições de vida dos párias.

Dizer, sobre a morte de Playboy, que "Já foi tarde!", ou "Escória da humanidade!", não é a sensatez que esperamos de pessoas centralizadas numa única verdade: descaso. Enquanto o Brasil aumenta a quantidade de presídios, em outros países o número decai, em outros, os presídios são fechados. Por quê? O Brasil ainda carrega em suas entranhas conceitos segregacionistas, os quais mantém as desigualdades socioeconômicas. Além disso, protecionismo aos crimes de colarinho branco, mesmo com as condenações dos "mensaleiros".

Os investimentos na educação e na segurança pública são vexatórios. No jogo político, pouco há para esses segmentos. Na calada da noite, canetadas são lançadas para aprovações de aumento dos subsídios dos parlamentares. As vantagens criam um Estado absolutista dentro do Estado democrático. Os crimes, diversos, ainda mais lesão os cofres públicos, o que compromete os investimentos em tais áreas.

Socialização e ressocialização, meros instrumentos ideológicos, não práticos e aplicáveis, em dias de candidaturas. A base do desenvolvimento harmonioso [humanitário] de qualquer nação se dá quando o Estado, através dos agentes públicos, não se perde no poder pelo poder. Contudo, é no fator psíquico da cultura brasileira que se encontram as gêneses de todos os problemas atuais.

Quando qualquer cidadão brasileiro age de forma criminosa, não é ele em si o culpado, mas toda a estrutura sociopolítica que o deixou à mercê das desventuras. Não é arma que mata, e muito menos corrompe, se assim fosse, a Suíça teria índices de homicídios superiores ao Brasil. É o excesso de luxo que corrompe os magistrados, os parlamentares, e a Suécia sabe muito bem disto. É a precariedade nos investimentos na educação, que fragiliza as relações humanas, o atraso social nas relações interpessoais; e o Japão investe para não deixar que suas estruturas sociais desmoronem diante da violência gratuita, seja as instituições públicas, ou ao próprio cidadão.

O que temos é uma falha em todas as concepções teóricas em nosso país. Ou melhor, falhas de caráter. Medidas punitivas, somente, não surtiram efeitos desejáveis [ressocialização], mas mecanismos conjuntos: a limitação da liberdade concomitantemente a oportunidades de aprender algum ofício e, depois, poder trabalhar neste ofício. Contudo, é na educação familiar [humanitária] e nas políticas públicas [Estado social] que a criminalidade enfraquecerá. O lucro, egoístico, e pelo temor, dará lugar ao lucro consciente, humanizado. E é possível.

Logo, a morte de Playboy representa um fracasso da sociedade brasileira, e do Estado. Toda causa tem um efeito, o efeito é a corrupção aliada à educação meramente intelectualizada, isto é, desprovida de filosofia humanizada.

Um policial morto, também é um fracasso, pois quanto mais mortes de policiais, mais se presencia a presença do tráfico. E o tráfico, como já dito alhures, tem suas raízes na historicidade da segregação, dos crimes de colarinho branco. Qualquer vida perdida na criminalidade representa o fracasso de todo e qualquer sistema em nosso país. Nenhuma criança nasce querendo pegar numa arma para desferir tiros, com vontade sádica. Nenhum ser humano nasce pensando em se suicidar, nas drogas, na violência. Nenhum ser humano nasce odiando o outro.

O ciclo de mortes, qualquer morte, de qualquer cidadão, não representa nenhum término da violência. A violência é fruto de outra violência, o descaso. E o descaso é fruto do egoísmo, da segregação. Eis os males que levam ao aumento da criminalidade.

O Brasil é uma máquina, máquina de construir neuróticos [conversões, projeções, racionalizações etc.]. A morte de Playboy não resolverá o gravíssimo problema brasileiro. Seja colarinho branco ou não, os males da máquina de neuroses tornam o Brasil um local bárbaro. Na culpa [projeções], os linchamentos acontecem como meios "eficazes" de "justiça". A diferença entre o criminoso neurótico e o doente neurótico é que aquele exteriorizou o seu âmago. Um simples chute numa cadeira, ou num cachorro, um palavrão diante do mendigo que suplica um naco de pão, o dedo anular a outro condutor - que a preferência de passagem deve ser respeitada -, simples atitudes "inocentes" e sem o potencial criminoso de um Playboy. Conduto, o criminoso neurótico e o doente neurótico se assemelham, a diferença está no fato de que este faz simples descarga motora "inofensivas". Todavia, ambos, criminoso e doente, são iguais. O doente ainda é temeroso pela ação censora do superego, já o criminoso rompe as barreiras morais, as barreiras da tolerância social, da Justiça, indo a transgressão penal. Ambos só variam nos resultados; no fundo, são iguais.

E a transgressão penal, claro, varia de acordo com os ânimos [concepções teóricas] psíquicos de cada época. Em cada época, um tipo de verniz civilizatório. E a máquina de neuroses Made in Brazil não para de produzir neuróticos.

Nota:

[1] - São Paulo Sob Ataque em 2006 (Discovery Channel) Documentário. Disponível em:

Referências:

O DIA. Traficante mais procurado do Rio, Playboy é morto em ação conjunta. Disponível em: http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-08-08/traficante-mais-procurado-do-rio-playboyemorto-em-ação-conjunta.html

PEREIRA, Sérgio Henrique da S. A origem das desigualdades sociais, a guerrilha comunista, a criminalidade organizada no Brasil e as ações dos delinquentes infanto-juvenis no século XXI. Disponível em: http://transitoescola.jusbrasil.com.br/artigos/139773551/a-origem-das-desigualdades-sociaisaguerrilha-comunistaacriminalidade-organizada-no-brasileas-acoes-dos-delinquentes-infanto-juvenis-no-seculo-xxi

PEREIRA, Sérgio Henrique da S. As desigualdades sociais privilegiam tipos de criminosos no Brasil. Disponível em: http://transitoescola.jusbrasil.com.br/artigos/206780319/as-desigualdades-sociais-privilegiam-tipos-de-criminosos-no-brasil

Veja. O bandido e seu labirinto. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/o-bandidoeseu-labirinto/

Wikipédia, a enciclopédia livre. Celso Pinheiro Pimenta. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Celso_Pinheiro_Pimenta


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Sr Sérgio

Gostaria de apontar um grave equívoco:

Atente para a data que marca o fim do Estado Novo
"Através da cadeia de estações rádio-difusoras, Getúlio anunciou a implantação do Estado Novo, instituindo um período de despotismo que duraria até 29 de outubro do ano de 1945."
Fonte: http://www.infoescola.com/brasil-republicano/estado-novo/
De seu texto (grifos meus)
"O tráfico de drogas no Brasil teve a sua gênese nos porões do período do Golpe Militar [1964 a 1985]....
....
Quando os presos políticos se beneficiaram da anistia que marcou o fim do Estado Novo, deixaram....
"
Ou seja, o problema começou na ditadura Vargas, antes do fim da 2ª GM (houve uma lei de anistia), ou após a lei da anistia de 1979?

Ainda gostaria de ressaltar que, embora seja condição necessária, a educação não é a solução. E que o estado de bem-estar social "wellfare state" (provido por programas de renda mínima) ou a redução da desigualdade econômica em nada tem haver com a índole das pessoas:
"Nascido na ZONA SUL do Rio de Janeiro, e BOM ALUNO, por tirar BOAS NOTAS, não teria a probabilidade de ingressar na criminalidade."
Ou seja elemento de berço e com educação pode se automarginalizar, por meio da adoção de condutas antissociais.

E gostaria de me opor à afirmação:
"Quando qualquer cidadão brasileiro age de forma criminosa, não é ele em si o culpado"
Sim ele é culpado sim, pois, independente da conjuntura social em que tenha sido envolvido ou exposto, a decisão pelo caminho do crime é dele. Os fins não justificam os meios, muito pelo contrário, são lhes são consequência. continuar lendo

Saudações!

A liberdade de expressão tem duas vertentes: o direito individual de se expressão, e o direito coletivo de saber o que cada pessoa pensa. Disto resulta a liberdade de expressão. Infelizmente, decisões judiciais, no Brasil, suplantam a liberdade de expressão.

Primeiramente, quanto à gênese da criminalidade institucionalizada, no artigo "A origem das desigualdades sociais, a guerrilha comunista, a criminalidade organizada no Brasil e as ações dos delinquentes infanto-juvenis no século XXI" tem referências bibliográficas de especialistas. Acontece que o Brasil ainda não se adequou, substancialmente, ao art. 13, da Convenção Americana - Pacto de São José da Costa Rica -, e nisto ainda há muito o que tornar cristalino.

Se a educação não fosse solução, países, por exemplo, como Japão, Suécia e Suíça não aplicariam seus recursos, principalmente, na educação. Gosto de citar Suíça, em relação às armas. O povo foi educado. Cada soldado recebe o "Manual do Cidadão", o qual ensina: a importância de sua arma na defesa desses valores, a importância da democracia, a importância da participação do soldado nos plebiscitos comunais e história do país. E o que pensar de jovens de 13 a 17 anos participando de competição de tiro, o famoso Knabenschiessen? Violência contra os adolescente? Uma formação educacional que pode produzir futuros delinquentes? Como eu disse, educação.

Não falo na educação intelectualizada - o que o Brasil se vangloria muito, quando algum aluno se destaca em competições de matemática -, mas na educação democrática. A escolarização, no Brasil, tem sido aplicado por fatores exclusos aos direitos humanos. Por exemplo, na norma contida no art. 138, da CF/1934, o próprio Estado institucionalizou a educação eugênica. E neste século, a educação cultural se encontra em ebulições: de uma lado os que querem igualdades formal e material, outros querem perpetuar valores retrógrados de discriminações.

Várias pesquisas têm demonstrado que a educação tem forte influência na formação psíquica do ser humano. Por exemplo, sociopatas mirins, quando em ambientes desprovidos de direitos humanos, ou quando tais direitos se encontram em conflito com valores bárbaros, a criança pode desenvolver, ainda mais, este transtorno de personalidade. Já em ambientes saudáveis [ direitos humanos consolidados], mesmo possuindo este distúrbio, a probabilidade de a criança desenvolver a personalidade antissocial diminui, consideravelmente. Lembrando que o comportamento antissocial pode se manifestar por lesões. Recomendo ler O Erro de Descartes: Emoção, Razão e Cérebro, de António R Damásio.

Outro sim, valiosa contribuição do neurocientista que se descobriu psicopata:

"Tive várias conversas reveladoras com minha mãe. Ela me disse que sempre percebeu um lado sombrio em mim e tomava cuidado especial para neutralizar essas tendências e incentivar outras, mais positivas". (http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/12/131223_psychopath_inside_mv)

Recomendo ler, também, The Spirit Level, sobre diferenças sociais e consequências, como maiores taxas de abuso infantil, aumento da competição por status, taxas mais elevadas de bullying nas escolas. O livro também analisa o complexo de inferioridade a permear as relações interpessoais. Quanto mais desigual, as pessoas se comportam de forma apática. E o estudo cai como luva em nosso país. A vida comunitária, quanto mais estreita, favorece a empatia. Claro, depende dos concepções teóricas de quem seja "eleito" ou "pária". Mas o estreitamento ajuda na percepção de que as diferenças estão mais na capacidade de entendimento do que na situação. Ou seja, entendimento de fatores mesológicos que levam cada cidadão a se comportar de forma diferente, e até perniciosa, a ela e a sociedade.

Obrigado pela participação! Convido a ler os outros artigos. continuar lendo

Sr Sérgio

Gostaria de frisar que eu disse que a EDUCAÇÃO é condição NECESSÁRIA, mas NÃO é SUFICIENTE. Neste sentido, eu gostaria de apresentar o seguinte trecho de palestra do Sr João Pereira Coutinho.
https://youtu.be/yMKxwbzdyYI

Gosto do exemplo da Suíça, pois mostra claramente que a criminalidade não está correlacionada com as taxas de violência. Sou favorável à revisão do estatuto do desarmamento (não com o objetivo de minorar a criminalidade, apenas por achar imoral a limitação das possibilidades de legítima defesa do cidadão).

Em relação à educação enquanto cidadão, não creio que seja prudente confiar ao Estado tal tarefa. Em minha visão deveríamos encontrar meios de parar a desconstrução dos corpos intermédios (família, igrejas de diferentes vertentes, associações de moradores, associações profissionais,...) de forma que a família possa ser empoderada em relação às suas atribuições de formação social dos elementos que ela gera.

Não gosto de escolas, pedagogos e tendências pedagógicas que tentam transformar o professor em educador. Educadores são os pais, a família. O Estado centralizando esta função acaba gerando uma homogeneização perigosa.

Claro que há espaço para o Estado atuar nos casos em que as famílias sejam efetivamente sejam constituídas pelos elementos antissociais ou seja ausente. continuar lendo

Reflexão interessante. Posso discordar de você em certas partes, porém creio que a mensagem expressa pelo seu texto é mais do que válida, tornando-se necessária, pois ela é, sobretudo, contra-hegemônica. Precisamos de mais pessoas pensando assim, já que o conhecimento está quase fadado de tanto senso comum, de tantas ideias majoritárias e bobas. Parabéns! continuar lendo

Obrigado! Sair da mesmice é sair da Matrix. Gosto de citar este filme, pois representa muito do ser humano. continuar lendo